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domingo, abril 06, 2008

Mudanças!

Pois é. Eu já não consigo mais escrever por aqui. Acho que enjoei. Daí que resolvi mudar tudo. E, a partir de agora, escrevo aqui . E tenho dito!

terça-feira, abril 01, 2008

Hoje o dia promete!

domingo, março 30, 2008

De volta à casa! Tudo culpa do BBB...

Pois é, andei sumidaça nesses últimos meses. Em parte, por culpa da escola, cujos meses de maior pique de trabalho são justamente os dois últimos e os três primeiros do ano. E também por causa do blog que criei para falar sobre o Big Brother. Não briguem comigo, mas tive de escolher entre um e outro. Manter os dois atualizados não era possível. E lá a demanda era grande. Em pouco mais de dois meses alcançamos a incrível marca de 27.375 visitas. Foi uma média de 500 a 600 acessos por dia. É muita coisa.

O que me faz ter certeza de que os reality shows são um fenômeno de massa ainda a ser destrinchado. Algo como as primeiras telenovelas e a comoção nacional que causavam. Quer dizer, ainda causam, mas hoje em dia já estamos acostumados com isso. E ainda que um ou outro incauto ouse falar mal desse gênero televisivo, ele possui o seu lugar. Os reality shows chegarão a isso? Não sei, muito cedo para prever. Mas acredito que não é possível ficar imune a eles.

Outro dia uma amiga me disse que o problema não era saber o que se passava mais ou menos, por alto, no programa, para ter assunto nas rodinhas do cafezinho. Era perder tempo acompanhando-o. Pois eu acho que o mais legal é, justamente, acompanhar o Big Brother. Apesar de muitos o acusarem de novelinha editada e com muito pouco de realidade. Mas eu não conheço nenhum reality show que seja 100% natural, a mais pura tradução da vida como ela é. Porque, vamos convir, seria muito chato mostrar tudo, sem exceção, do que acontece durante as longas horas do dia. A rotina é banal, insossa, sem charme ou glamour. E o que desejamos e procuramos nos programas de televisão é entretenimento. Qual diversão há em ver alguém bocejar, escovar os dentes, limpar a remela dos olhos?

As edições são feitas com base em um maniqueísmo infantil? Mas o senso comum é maniqueísta. Crescemos sendo guiados por noções de certo e errado, bem e mal. Entre o preto e o branco há vários tons de cinza? Com certeza. E certamente ninguém é apenas bom, ou totalmente ruim. Todos possuímos e acalentamos os dois lados. E com freqüência pendemos mais para um do que para o outro. E se é assim que funciona o ser humano em suas relações, porque teria de ser mostrado de outra forma? Além disso, é o maniqueísmo dos contos de fadas que os faz tão acessíveis. É o código que todos entendemos. Este é bom, aquele é mau. Longe de mim querer comparar uma e outra forma de entretenimento. Não é disso que estou aqui a tratar. Mas não é possível ignorar que ao ressaltar esta ou aquela característica dos participantes a direção do programa o torna mais inteligível. E por esse motivo mais palatável, digerido com facilidade por qualquer um que se preste a assisti-lo, nem que seja "para saber o que está acontecendo".

Parece que estou querendo justificar o porquê do Big Brother me atrair tanto. Em parte, confesso que me sinto culpada. Poderia, quem sabe, usar o tempo que dedico ao programa em outros afazeres mais "lapidados". Talvez. E ainda, talvez não. Porque não posso ignorar o tanto de diversão e prazer que tive ao escrever sobre algo que me interessa, trocar idéias e saber-me entendida por tantos outros. E ao final do dia, não é isso o que importa?

Bom, por esses dias esta casa provavelmente mudará de "roupa". Já estou à procura de um layout que me agrade. E que eu ache que vai agradá-los também. Mas nessa brincadeira acabei perdendo todos os meus links. E só depois que isso aconteceu foi que descobri como fazer para que isso não acontecesse. Tarde demais. Assim, brevemente recolocarei todos os links dos blogs que visito. E que recomendo sem hesitação. Mas, em breve. Hoje não porque já fiquei com sono.

sábado, março 01, 2008

Concurso valoroso

Pois, é, nem vou perder tempo de explicar aqui as razões do meu recente sumiço. Só posso dizer que ando tão cansada que nem vontade de escrever eu tenho. Mas hoje aconteceu um concurso importantíssimo e que deveria ter alcance nacional pelo objetivo tão necessário. É a Super Licitação para escolha do Código de Ética do PT. Não deixe de visitar os blogs que estão participando da licitação, os autores realmente capricharam. Acho até que vai ser dificílimo para a Comissão Julgadora chegar a um consenso. Mas, vamos ao que interessa, os candidatos que já postaram são:

Popa

Serjão

Ronald

Frodo

Meu conselho? Pode rir sem culpa, desopila o fígado.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Contra a pedofilia, em defesa da inocência - Blogagem coletiva

Eu ando sem tempo algum, mas não poderia deixar de divulgar aqui a blogagem coletiva que está acontecendo hoje com o tema "Contra a pedofilia, em defesa da inocência". Vários blogueiros estão participando e vale passar por eles e deixar um comentário a respeito desse problema real, mas tão ignorado. E, no caso brasileiro, tragédia que ainda ganha contornos de normalidade, afinal as "rolinhas" ainda existem para satisfazer os caprichos sexuais dos coronéis nordestinos e turistas ávidos por "diversão". Isso pode? Não, mas acontece. E nunca é suficiente lembrar que a maior incidência de pedofilia/abuso infantil acontece no seio familiar, através de irmãos, tios, primos, pais, padrastos.

Clique na imagem e descubra, no blog da Luma, outros blogueiros envolvidos nesse tema. Participe! Visite-os e deixe o seu comentário!

domingo, fevereiro 10, 2008

Desabafo de uma diretora -professora na volta às aulas...

(Salvador Dali)

O texto abaixo é uma obra de ficção. Cômico, trágico e, em alguns momentos, exagerado. Foi escrito como piada. Mas toda brincadeira tem seu fundo de verdade... Ah, e antes que eu me esqueça, não sou a autora. Mas poderia ter sido.

Caros Pais,

Quero dizer que não gostaria de iniciar tão cedo as aulas. Mas ficaria muito feliz de ganhar como prêmio três meses em mensalidades escolares para arrumar a escola para a chegada dos pestinhas. Ainda que eles acabem destruindo cadeiras, mesas e sujando todas as paredes em bem menos tempo que isso. Vocês entendem, afinal, não adianta arrumar porque ninguém mais dá educação para os filhos e nós é que pagamos o alto preço por isso.

Trato a todos muito bem, porque preciso, mas se pudesse mandaria todos vocês, sem exceção, tomar o seu destino e nunca mais pensar que eu teria de cuidar desses primores de falta de educação doméstica. Acredite, não estudei para receber socos, pontapés, mordidas e ouvir gritos a todo instante. Ou entrar na sala de aula todas as manhãs e sentir-me nauseada pela falta de banho, escovação de dentes ou sujeira dos uniformes dos alunos.

É com muito sacrifício, só o Pai Todo-poderoso sabe, que tenho de fingir que não há problemas, que eles irão avançar em seus estudos. Que nada! Um bando de perdidos e desatinados, arrogantes e chatos. Com certeza culpados pela fibromialgia recém-diagnosticada, mas que me acompanha há anos. E pela minha imensa vontade de fugir desse mundo e nunca mais voltar.

Não são apenas os alunos que desejam faltar aulas. Nós também queremos muito. E, se pudéssemos, estaríamos nos consultórios diariamente solicitando atestados pelo amor de Deus.

Os professores, não se enganem - da mesma forma que os seus filhos para vocês - dizem uns para os outros: "Que alunos chatos, perseguidores, implicantes, repetitivos, etecetera, etecetera, etecetera".

Acreditem, nós, professores, é que não aguentamos mais ir à escola. E se o fazemos ainda é por algum motivo inexplicado, talvez a famigerada vocação. Antes fôssemos seminaristas e noviças. Deus, com certeza, reconhece os sacrifícios feitos a Ele e por Ele.

Porém, apesar de tudo, quero aproveitar para dizer "Sejam bem-vindos!". Mas já vou avisando, não nos provoquem muito, tratem-nos bem. Caso contrário, quem irá evadir-se sem chance de repetência seremos nós, os professores.

Um bom ano letivo e que Deus tenha piedade de nós!

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Blogagem coletiva - Pela valorização da mulher

Blogagem que, com certeza, dará muito pano para as mangas. O convite, feito pela Meiroca , é estendido a todos os blogueiros e comentaristas! Não podemos deixar de participar. Clique na imagem para se informar melhor.

sábado, fevereiro 02, 2008

Verdade ou ficção?

(Kurt Halsey)

Jorge Alberto era um rapaz trabalhador. Sempre o fora. E sensível. Diria até que os méritos alcançados em seu ofício dependiam quase que exclusivamente disso. Talvez por isto fosse conhecido por atirar-se em cada relacionamento como se respirar ou acordar no dia seguinte dependessem disso. Razão pela qual ficara tão desnorteado após a ruptura inesperada de sua última relação. Seu grande amor daquele momento resolvera ir tentar a sorte em águas estrangeiras.E com o Atlântico a separá-los ficava de fato complicado manter o romance. Decidiram romper de comum acordo.

Quer dizer, Jorge Alberto ficou com a sensação que decidiram por ele. No fundo, bem lá no fundo, naquele pedacinho escondido das entranhas que nos faz ter vontade de jogar tudo para o alto e sair correndo embaixo da chuva a gritar como gatos no cio, sua vontade era outra. Mas aprendera com o tempo, e com os vários relacionamentos anteriores que a palavra do outro tinha mais força que a sua.

Era sensível até demais, alguém diria. Tanto que optara por sufocar mais uma vez aquele eu rebelde que teimava em não deixá-lo dormir à noite. E porque entregar-se às mãos reparadoras de Morpheu era a única coisa que parecia impossível após a separação definitiva, fora atraído irremediavelmente para as noitadas regadas a campari e flertes baratos.

O negócio recém-estabelecido, montado na frente da casa onde vivia, começava a sofrer as conseqüências das noites em claro. Era fácil agora encontrar espaço na agenda lotada há poucas semanas atrás. Sua gerente-sócia-confidente sugerira que tirasse uns dias de folga. Ir ao cinema, ver o pôr-do-sol, quem sabe dar uma olhada naquele exposição maravilhosa daquele pintor recém-descoberto. Melhor ainda, comprar um carro novinho em folha, cheio de acessórios modernos, como queria há tanto tempo. Gastar sem dó nem piedade, acalentar-se. Talvez assim o coração resolvesse que era hora de partir para outra.

Mas nada resolvia. Achava até que as férias compulsórias pioraram a situação. Agora tinha mais tempo livre para chorar e revirar álbuns de fotografias dos momentos a dois. E as noitadas transformaram-se em raves intermináveis.

Até que uma madrugada, voltando para casa sabe-se lá quantos camparis depois, volante e mãos confundiram-se ao fazerem a última curva do caminho. Os pés não sabiam a diferença entre frear e acelerar e acabou por atropelar vários piquetes de ferro na calçada em frente ao hospital do exército localizado na mesma rua em que morava. Sabia que o estrago tinha sido grande pelo barulho do motor ao parar de vez. E pela fumaça que se insinuava entre os destroços do carro zero quilômetro comprado há menos de uma semana e ainda sem seguro.

Abriu a porta já em desespero quando percebeu que vários soldados o cercavam, todos munidos de fuzis e com caras de poucos amigos. A rua deserta, salvo pelos olhares curiosos e sonolentos de alguns vizinhos. Foi quando não se controlou mais. O fogo interno, aquele que mantinha aprisionado sob camadas e camadas de bom comportamento e sensibilidade, entrou em ebulição repentinamente. E Jorge Alberto explodiu. Rasgou a camisa em gesto dramático e de braços abertos e mãos espalmadas gritou valorosamente:

- MATA! MATA A BICHA! ACABA COM ELA! ACABA COM TUDO! NADA MAIS ME IMPORTA!

Dizem por aí que depois dessa Jorge Alberto se curou de vez. E que anda de namorado novo. Acho que um sargento do exército. Mas pode ser boato.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

E o carnaval está chegando...

Eu adorava carnaval. No tempo em que ir atrás do trio era uma possibilidade real e a gente não tinha medo de levar facada no meio do povo. Até porque esse povo dançava e brincava feliz, sem a violência que cai sobre nós qual manto opressor. Pelo menos eu já curti muito, muito mesmo, sem precisar pagar preços extorsivos para a pseudo proteção das cordas dos blocos de trio. Lá pelos meus dezessete anos os blocos já eram um luxo, mas ninguém precisava deles para acompanhar a folia, já que a rua era de quem queria curtir o carnaval e não dos camarotes vendidos a peso de ouro como acontece hoje em dia. Paciência. Hoje não vou mais à rua no carnaval, mas posso dizer que aproveitei muito enquanto a violência ainda não acontecia tão vigorosamente. A única coisa que nunca consegui fazer foi virar a noite da terça para a quarta e acompanhar o clássico encontro de trios na Praça Castro Alves. Hoje em dia, até este não resiste mais. São dois ou três gatos pingados que tentam, sem sucesso, reproduzir os áureos tempos de Baby, Pepeu e Moraes Moreira. Grande pena. Mas reflexo dos tempos. O povão agora prefere ir atrás de Ivetona e sua Madeirada. Acabou-se a poesia na praça do poeta.

Ainda sobre carnaval, uma das notícias recentes aqui em Salvador foi a compra de 20 latões devidamente disfarçados sob a alcunha de celas modulares, ou ainda, unidades prisionais móveis, para "custodiar provisoriamente presos durante os festejos carnavalescos". Segundo a maravilhosa propaganda de tão brilhante idéia, os tais contêineres de doze metros de comprimento por 2,40 metros de largura e 2,40 metros de altura além de receberem 7 beliches, instalação hidráulica, água filtrada e até banquinhos e mesa para os "internos" possam ler e escrever, também dispõem de isolamento termoacústico para proteção dos efeitos provocados pelo sol (leia-se calor de cozinhar cérebro dentro desse latão). Eu não sei não, mas pela foto o espaço me parece bastante exíguo, e olhe que ângulo normalmente ajuda nessas horas... A sucursal baiana da OAB, até dezembro criticava duramente a proposta. Não mais que de repente, agora defende vigorosamente a implementação dos tais latões. Para mim, o que vai acontecer é bem simples. Ao invés dos 14 internos provisoriamente custodiados durante o carnaval, vão socar pelo menos uns cinquenta pobres-diabos ad infinitum nesse inovador modelo de celas permanentes provisórias. Com o perdão da expressão chula, posto que outra não encontro para expressar o meu sentimento a respeito, "tratamento humanitário, respeitoso e digno" my ass!!!

Ah, e antes que eu me esqueça... a quem pertence a empresa que prepara e comercializa as belezuras?

Quer ler mais a respeito? Aqui e aqui .

sábado, janeiro 26, 2008

Enquanto isso, na sala de justiça...

O meu mau humor começa a se dissipar. E enquanto eu brinco de tentar escrever algo, deixo com vocês um vídeo pra lá de bacana de um titereiro (aquele que mexe com fantoches) que ganhou um prêmio sei lá qual na televisão francesa. Vale super a pena.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Decifra-me ou te devoro

(Gustave Moreau: Édipo e a esfinge)

TPM histérica e um começo de rinite... Volto assim que ficar mais sociável, porque assim ninguém me compreende. E acho que nem eu quero...

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Bom fim de semana!

A semana foi corridaça e, misturada com algumas horinhas de BBB, ando morrendo de sono, confesso. Por isso Florisberto provavelmente aparecerá esse fim de semana, eu espero, quando eu posso dormir altas horas e compensar o sono no dia seguinte. É, tenho esse probleminha, só consigo escrever tarde da noite ou de manhã bem cedinho. E nenhum dos horários me tem sido possível esses dias. Vou deixar aqui o vídeo de uma canção que adoro, bem bobinha, mas deliciosa. E que descobri ontem ser de um grupo chamado Sixpence None the Richer , e não de The Cranberries, como pensava. Enjoy it!

domingo, janeiro 13, 2008

Notícias

Gente, tem post novo no Cutuque a fera. Clique aqui ou nos links aí do lado.

O segundo capítulo da saga de Florisberto continua ainda essa semana.

Blog novo

Gente,

Só para não misturar as estações, resolvi escrever em outro blog as minhas considerações bigbrodianas. Assim, Tita, não incomodo os visitantes que não gostam do programinha, que tal? :)

Ei-lo: Eu gosto de BBB, e daí? .

sexta-feira, janeiro 11, 2008

As aventuras e desventuras de Florisberto, o contínuo

Capítulo 1

Meu nome de batismo é Florisberto de Jesus dos Anjos Amoroso. De verdade. Meu santo pai, que lá de cima deve estar me olhando, achou pouco o Jesus de mainha junto com o Anjos Amoroso dele e resolveu me chamar pelo nome do meu bisavô. Dizia que era para ver se eu seguia os passos do velho, que chegou a cabo do exército e aos 102 anos ainda fazia filho. Lá na roça farda era sinal de respeito. Perdi as contas da quantidade de menino e menina que chamava o velho Florisberto de padrinho.

Não sei se posso agradecer ao pai pela boa-intenção. É só por causa delas que o ditado existe. E acho que o meu caso taí pra provar. De começo, para me diferenciarem do velho Florisberto, fui chamado de Flor. Impossível explicar o que é para um meninote em pleno sertão nordestino ter de atender pela alcunha de Flor. Era batata. Quando os meninos maiores cansavam de amarrar lata no rabo dos gatos e destripar rãs, sobrava para mim. Todo dia era uma ruma de moleques gritando meu apelido na porta de casa. Mainha sempre achou que eu era o mais popular da rua. E nunca entendeu porque ao invés de atender ao chamado eu preferia sumir pelo quintal. Só eu sabia o que aqueles gritos significavam.

Nasci sem sorte mesmo. Tenho para mim até hoje que no dia em que nasci Deus tava de folga e deixou aquele lá de baixo tomando conta. Mainha dizia que era tudo culpa de um rabo-de-saia com quem meu pai tinha andado se engraçando porque ela o injeitou durante a gravidez. Que a peste da mulher tinha rogado praga na barriga dela. Toda vez que ela começava a contar a história ele resmungava que era maluquice da cabeça dela e saía andando. Mas eu juro que o vi um par de vezes se benzendo disfarçado. Pelo sim, pelo não, essa era a única história que se conhecia sobre ele. Vai ver sabia mais do que os resmungos mostravam.

Cresci no meio das galinhas e porcos que minha mãe criava. Mainha vivia ocupada entre a criação e os afazeres da casa. Talvez por isso nunca consigo lembrar dela me fazendo carinho. Talvez por isso também eu fizesse questão de andar com os pés no chão. Vivia torcendo para pegar bicho de pé. Eram as únicas vezes em que minha mãe me sentava no colo dela, afagando minha cabeça enquanto meu pai esquentava a agulha para extrair o inconveniente. E nessas horas eu caprichava no choro, só para sentir os dedos calejados e os lábios secos acariciando a minha fronte. Mariazinha dizia que é por isso que fiquei tão grudento para o lado de mulher. Falta de amor de mãe. Quer dizer, falta de amor não, que isso eu tenho certeza ela tinha, apesar da secura da voz. Foi falta de carinho mesmo. Virei um cão sarnento, abanando o rabo para a primeira que me olhar por mais de dois segundos.

Meu pai morreu antes. Eu era menino ainda. Mainha ainda se aguentou uns anos. Mas no final a danada da terçã foi mais forte. Levou os dois. Depois disso fui criado na casa de um e outro, até ficar esperto o bastante para saber que a vida podia ser mais do que aquilo que eu vivia. Lá na roça o povo até hoje diz que foi por causa de Mariazinha e aquele filho de uma égua estrupiada que apareceu por lá e a levou numa boléia de caminhão. Eu digo que não, já andava pensando em ir embora há tempos. O anel que me custou vários dias sem almoço enterrei no pátio atrás da igreja. Ali mesmo ficou meu passado e começou meu presente. Esse, que vivo hoje.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Curiosidade matou o gato...

- E aí? Gostou?
- Amiga, tá ótimo!
- Tá mesmo?
- Aff, com certeza. Ele vai amar!
- E se...
- Não tem nem se nem quem sabe. Impossível alguém não gostar. Só sendo louco.
- É, louco ele não é. Quer dizer, talvez por mim, né? (dá uma piscadinha marota)
- Por você? Eu sei bem pelo que ele é louco. E nesse quesito, meu bem, você dá show!
- Ai, amiga, tão bom ter você por perto. Juro que eu fiquei insegura dessa vez. Bateu aquela dúvida. Será que eu fiz bem?
- Ôxi, menina! Mas é claro que fez! Já disse que tá ótimo! Aliás, tá supremo!
- Supremo? E alguém ainda fala isso? Só você mesmo...

- Meu amor, onde eu assino para recomendar? Falei e tá falado. Ficou divino o ...

Precisa dizer mais alguma coisa?

terça-feira, janeiro 08, 2008

Acredite!

Seis horas da tarde e ainda é dia em Salvador. Por acaso hoje é o solstício?

Estréia!

Pois é, gente. Finalmente estreei lá no Cutuque a fera . Passem lá para conhecer a casa. Update: Parece que o link acima tá dando erro. Tente de novo aqui . Se não der certo, procure aí do lado, em "Por onde eu ando".

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Poucas.

Salvador está quente. Muito quente. Não dá vontade de fazer nada e sonho com mar e coqueiros à toda hora. Tá certo, aqui tem mar e coqueiros. Mas acontece que eu sonho com eles e comigo, de férias e sem obrigação de acordar às seis com um solão de dez e meia.

A escola está em obras. Ou seja, sol de rachar coquinho e poeira, muita poeira.

Notícia boa? O almoço na casa materna foi um sucesso. Conversinhas à tôa, um bacalhau com nata hiper delicioso (sagrado, todo ano) e até uma partidinha de buraco rolou. Caiu o queixo? Só posso acreditar que minha irmã do meio passou a semana fazendo lavagem cerebral na mamma e na outra irmã. Se houve comentários desagradáveis devem ter deixado para depois. O que para mim é jogo. O que os olhos não vêem...

Os posts andam escassos, eu sei. Não vou abandonar o blog não, Bruninha (Aliciante, link aí do lado), pode ficar tranquila. Mas é que o sol e a poeira me tiram toda e qualquer poesia. Aliás, tiram até a minha indignação. Já viram o que o excelentíssimo @$%!&@*! aprontou? Quem foi que tinha prometido que não ia aumentar imposto desmentindo o (vou ser bem boazinha) pobrezinho do Mantega? Deixou o "minino" todo sem-graça e taí, ó. Ó mesmo. Uó!

Então tá. O Rayol (Jus Indignatus, link aí do lado) outro dia me colocou numa sinuca para revelar meu Lado B em um meme. An, e por falar em memes, visitem o Cutuque a fera (link aí do lado, tou hiperpreguiçosa hoje). Começou como uma brincadeira para tirar sarro do Rayol que simplesmente os odeia e virou uma brincadeira interessante. E se tiverem idéias para memes escabrosos, passem por lá e deixem um comentário. Vamos adorar respondê-los.

Voltando para o meme do Lado B, posso dizer que tenho vários lados, B, C, D, a gosto do freguês. Mas o que me deixa mais morta de vergonha de todos, do tipo que o povo acadêmico tira a maior onda para cima de mim e que eu não consigo abandonar de forma alguma, muito embora esse ano eu tenha prometido nem querer saber dele, que é um danado de viciante e se eu der uma colherzinha de medida de remédio para passarinho não consigo largar mais, é... bem, é.... aham... o seguinte... ai, nem vou escrever, vc fica sabendo aqui e aproveita para conhecer um blog superengraçado.