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domingo, dezembro 30, 2007

Quem é vivo...

Ai, povo, tenho andado distraída, impaciente e indecisa, e também um tanto sumida.

Tá certo, eu queria uma linha bonitinha para rimar com sumida e lembrei do Legião. Na verdade, não escutava esse som há séculos, mas adivinha qual a banda favorita de Gabi? Acredite, a danada é fanzoca de Legião Urbana e, pasmem, Raul Seixas. Qual a idade da precoce mesmo? Seis aninhos e uns três meses. A garota sabe todas as letras, acompanha cantando no maior entusiasmo. Mas porquê eu entrei nisso? Ah, por causa da rima. E porque andei baixando algumas músicas do Legião e Raulzito para colocar no MP3 que ela ganhou de Natal.

Mas voltando ao meu sumiço, devo culpar em parte o trabalho, digamos uns 50%. Preciso assumir que 20% foram absoluta falta de inspiração e (ao contrário de Gabi com as músicas da Legião) entusiasmo. Pronto, falei! Não me massacrem. Vocês vão entender quando eu disser a razão da falta de vontade.

Os restantes 30% são culpa exclusiva do almoço que estou intimada a comparecer no dia primeiro de janeiro. Eu já andei dizendo por aqui que tenho uma relação complicadíssima com minha mãe. Do tipo que me deixa atordoada e nervosa ao mesmo tempo a qualquer sinal de contato mais pessoal além dos telefonemas mensais. Algo como um lado carente dizendo que sim, e essa vida da gente gritando que não (Gonzaguinha - hoje eu estou super nostálgica). Só que minhas irmãs que moram fora de Salvador vieram passar o Natal e Ano Novo por aqui. Eu consegui pular o Natal, já que todas viajaram na última semana para Morro de São Paulo e eu não "podia" ficar tanto tempo afastada da escola. Resultado, do Ano Novo eu não tenho como escapar. E vou ter de respirar fundo, orar uns tantos decretos, pedir a luz dos irmãos divinos e me submeter à santa inquisição familiar. É que eu sou meio ovelha negra. Mais não digo.

Bom, enquanto eu me preparo psicologicamente para o almoço na terça-feira, a Tita apareceu com uma idéia pra lá de boa no blog dela. E como idéia boa deve ser propagada (com os devidos créditos, é claro), eu vou lançar aqui também. O negócio é o seguinte:

A trituradora do que é ruim

Em Nova York algumas pessoas resolveram jogar em uma trituradora tudo que lembra os momentos ruins de 2007! Celulares, fotos de ex- namorados (as), garrafas de bebidas!

Agora faça o seguinte exercício mental....Se fosse aqui no Brasil....Jogaríamos o que...amei a idéia ...Resolvi instalar um triturador aqui no Blog(exercício mental rsrs)

Queridos sintam - se a vontade para colocar tudo para fora.....toda a urucubaca e os sapos enterrados.....

Bom, eu jogo nessa trituradora maravilhosa da Tita todos os escândalos políticos desse ano, a vergonhosa história Mônica Veloso, o prefeito de Salvador, e, num âmbito mais pessoal, as brigas e discussões bobocas geradas por puro cansaço e tensão nervosa e que esse ano foram, infelizmente, muitas. E, como não poderia deixar de ser em se tratando de final do ano, resolvo triturar a inveja, o mau-olhado, a fofoca, o desprezo, o preconceito, o desamor, e mais lá quantos sentimentos mesquinhos que resolveram se apoderar de mim esse ano, ainda que em módicas porções (é, eu também peco...).

Aproveito para deixar um beijo coletivo em todos aqueles que comentaram nos últimos posts e que eu ainda não respondi. Não respondi, mas li todinhos, e adoro vocês, queridos amigos desse lado daí.

Um boníssimo ano para todos, e muito amor no coração!!!

terça-feira, dezembro 25, 2007

Um desejo natalino...

A letra e tradução você encontra aqui .

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Feliz Natal!!!

Clique na imagem para ler o cartão!!!
(wallpaper: Kurt Halsey)

quinta-feira, dezembro 13, 2007

A carta

(TERBORCH, Gerard:A Lady Reading a Letter, 1662)

Agora era real. Acabara de receber a carta. Epílogo de tantas outras benfazejas, esta trazia a marca do descaminho.

Incrível é que tinham sido tão felizes juntos. As fotos não mentiam. Escancaravam a verdade dos passeios, dos longos feriados em pousadinhas deliciosas. Os presentes estavam ali, corajosamente acenando para um passado bem vivido e não tão distante assim. A geladeira cheia de frique-friques, incapaz de aborrecer com insignificâncias. Descongelar o freezer? Há muitos anos desconhecia este trabalho. Fogão com forno duplo, lava-louças, uma bela cozinha, sem dúvida. Aliás, todo o apartamento estava muitíssimo bem equipado. Podia dizer em alto e bom som que tinha "de um tudo".

Gastara muito. Sempre o fizera. Mas havia uma solução à mão em todos os momentos. E nunca se arrependera.

As cartas traziam mimos de toda sorte. Em vários momentos chegou a pensar que eram um só, tal a proximidade que mantinham. Sua confiança era tanta que por algum tempo as ignorava. Elas, as cartas. Paparicavam-na. Ofereceram-lhe prazeres e pecados. E se perdera em todos.

É fato, sentira-se iluminada. O mundo, ao alcance do seu desejo. E as cartas por muito tempo lhe impediram acreditar diferente.

Até hoje. Quer dizer, hoje surpreendeu-se quando notou a presença em sua caixa postal. Por um segundo, regozijou-se. Recuperou naquele breve espaço de tempo a alegria esquecida. Levou-a de encontro ao peito. Aqueceu-se de emoção. Naquele curtíssimo, transitório lapso temporal acreditou que tudo seria como antes. Quase esqueceu os meses sem correspondência alguma.

Mas alguma coisa a incomodava. A carta parecia diferente. Uma distância que não conhecia. Receava admitir a frieza daquele ente outrora tão cálido. Acomodou-a na bolsa. Tomou o ônibus não lembrava como. Sabia que torcera os dedos nervosamente durante todo o trajeto. Os degraus da escada que levavam ao apartamento eram infinitos. Sim, fora incapaz de manter a bela casa com piscina. A chave encontrou a fechadura com sofreguidão. Uma ansiedadade a impelia.

Encontrou a carta dentro da bolsa. E de repente não conseguia mais esperar. Rasgou o envelope fervorosamente, suplicava em seu íntimo por aqueles dias acalentados na memória. E a carta lhe dizia, sem qualquer preâmbulo...

Estava inscrita no Serviço de Proteção ao Crédito, definitivamente.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Do sumiço e Histórias de Gabi e Alice III

E o ano letivo terminou. Os resultados foram entregues. Meu corpo está dolorido de tal forma que parece tomei uma surra. Noites perdidas fechando pacotes de provas, calculando médias e refletindo o Conselho de Classe. Acho que toda profissão tem seus picos. Aqueles momentos em que o trabalho é tanto que a gente até pensa que não vai dar conta. Mas dá. Já deu. Agora são duas semanas de recuperação para três ou quatro gatos-pingados. E eu fico retada!

Detesto recuperação. Faço de tudo durante o ano para que os meninos caminhem tranquilos. Empurro daqui, sacudo dali. Mas não tem jeito. Sempre acabo (ou me acabo) com uns três que não desencantam nem a fórceps. Ou seja, só vou pensar em descansar um tantinho lá para o Natal. E, se deus quiser, esse ano conseguimos pelo menos uma semana de férias. É que a mãe de Gabi e Alice, sobrinha de S., veio dar uma forcinha na matrícula e talvez consigamos dar uma escapulida. Nessa brincadeira de todo ano, já contabilizo uns seis, pelo menos, sem um descanso além dos regulamentares feriados. Estressada? Nem tô...

De todo modo, dei muitas risadas na última semana, corrigindo as provas. Sabe como é, a gente ganha pouco, mas se diverte. Dia desses eu posto aqui as pérolas mais recentes dos nossos alunos queridos.

Mas, explicado o sumiço, deixo aqui as últimas de Gabi e Alice.

Gabriela terminou esse ano o Jardim, vai cursar o Alfabetização em 2008. Isso não a impediu de perguntar a todo mundo se tinha perdido o ano. A pergunta era justamente essa: "Pró, eu perdi o ano?". Ao que todas nós, para tirar um sarro, respondíamos: "Hmmm, Gabi, sei não. Talvez você fique de recuperação." E dávamos risada. Ela passou a semana com aquela cara de "será que é verdade", e era engraçadíssimo, porque Gabita é uma figurinha. Até que ontem ela fez questão de pegar os trabalhinhos junto com a mãe. Para ela, era "o" resultado. E quando a professora disse "parabéns, Gabi!", ela imediatamente respondeu: "Eu ganhei!". Demos uma gargalhada e para todos os alunos que passaram direto, ontem demos o resultado assim: "Parabéns, você ganhou o ano!".

E Maria Alice? Bem, essa é o cão de calçola, acho que já disse aqui. Danada de pintona. Uma energia que dá cabo de todos nós. Ontem saímos por algum motivo, não lembro o qual. E Maria aprontando todas. Até que eu virei para ela e disse: "Menina, você tá pintando muito hoje, né?!". Sabe o que ela fez, do alto dos seus 1 ano e quatro meses de vida? Balançou a cabeça que sim. E me deu o sorriso mais descarado do mundo.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Outro recadinho...

CIRCO DU BRASILIS

Famoso, esplêndido, majestoso!

um grande circo sem lona.

O apresentador engalanado

solta impropérios verbais

anunciando o que não sabe,

nunca viu, e em grande estilo

o que não existe, e não existirá.

Sua perspicácia ideológica

encanta e arranca aplausos.

Os acrobatas, sob a escolta

de proteções ilusionistas,

fazem suas manobras no ar.

Havendo descuido de atuação

são chamados de aloprados

e atuam na reserva, em sigilo.

É uma apresentação de gala

cujas luzes de efeito, encobrem

aos olhos a visão da realidade.

Não há palhaços neste circo.

Eles estão nas arquibancadas

aplaudindo inocentemente

o espetáculo promovido

pelos que ocupam a área vip.

A chuva cai e os palhaços

ensopados, com frio, fome

saem de lá para morrerem

nas filas dos hospitais falidos

ou nos buracos de estradas

que já não existem mais.

Mas o show continua, aplaudido

pelo povo simples, iludido,

pois terão as sobras da comida

farta, servida na área vip.

Este é o CIRCO DU BRASILIS

cujo povo além de pagar

o espetáculo das mentiras

é enganado pelo espetáculo

do protecionismo exacerbado

e pelas promessas vãs.

Os palhaços somos nós

Brasileiras e brasileiros

que trabalham!

Ana Maria – 05/12/07

(texto gentilmente cedido pela querida Ana Maria, comentarista e poeteira das boas, indignada como todos nós com os abusos cometidos pelos mandatários em Brasília!)

terça-feira, dezembro 04, 2007

Boletim extraordinário imprescindível 2

Recadinho para os excelentíssimos senhores senadores da república das bananas... ops!... do brasil:

- Ói só, né por causa que Renan renunciou à presidência desta venerável espelunca que a gente aceita a absolvição do malandro, viu?!

Só um lembrete:

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Boletim extraordinário imprescindível

Venezuelanos rejeitam reforma constitucional de Chávez, ainda que em vitória apertada... Leia aqui e aqui.

Yes!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(e nós respiramos aliviados...)

domingo, dezembro 02, 2007

Blogagem Coletiva - Brasil uma cena - e ... tô ficando atoladinha...

Na última Blogagem Coletiva "Brasil, uma cena" do ano, deixo duas cenas recentes e que revoltam pelo descaso e falta de compromisso da administração pública ao (des)cumprir o seu papel. Até quando?!

Clique nas legendas para ler as notícias.


Bom, não estou exatamente como no funk altamente instrucional do MC Bola de Fogo, mas quase chego lá. Final de ano em escola resume-se a elaborar e corrigir provas, dar resultados e ouvir desaforos de pais normalmente ausentes ao longo do ano e que de repente descobrem ser caro pagar a recuperação (segunda época). Jura?! Deviam ter ouvido os apelos da pró durante o ano, não é mesmo? Tão simples acompanhar a criança em seus estudos, e eventualmente providenciar uma professora de reforço escolar.

Acredite, eu tenho vontade de sair andando e largá-los reclamando com o vento. Quer dizer, confesso que já matei essa vontade algumas vezes. O resultado? Por incrível que pareça os mais insuportáveis amansam na mesma hora. Por essas e por outras que minha fama é, bem... digamos de um tantinho ríspida. Uma vez um pai de aluno me atazanou tanto o juízo por causa de eu nem lembro o quê - mas com certeza era uma besteira - que eu virei para S. e disse, bem alto, para quem quisesse ouvir:

- Faz um favor, atende esse pai aqui que ele parece não estar entendendo a minha explicação e eu não tenho mais tempo a perder com esse assunto.

E saí andando.

Resultado? S. encostou, ele gaguejou duas ou três coisas e foi embora. Acho que a partir daquele dia ele pensava duas vezes antes de fazer uma queixa na Secretaria/Diretoria (escola pequena, não esqueçam). Até hoje me pergunto se porque resolveu pesar a verdadeira dimensão dos eventuais "problemas" ou se por total pavor de me encontrar.

Por esse motivo vou andar um pouco ausente nas próximas duas semanas. Daqui e dos halos alheios. Mas qualquer folguinha eu apareço. Até lá, juízo e não deixem de mandar seus e-mails desancando os senadores pró-cpmf!

Inté!

Clique na imagem para ampliá-la.