Ganhamos mais um filhote.
E como todos os bichinhos que aparecem por aqui, depois de uns dois tímidos dias que me deixaram super preocupada, nossa nova filhinha se mostrou uma esganada. O rótulo diz: dar duas iscas três vezes ao dia. Ela de fato come três vezes ao dia. Três ou quatro iscas, às vezes cinco a cada refeição.
Outro problema foi arrumar o espaço dela. Não pode ficar exposta à correntes de ar. Precisa tomar sol. Gosta de esconderijos. E água, de preferência o suficiente para mergulhar bastante. Viramos e mexemos e conseguimos organizar uma bacia com uma pedra estrategicamente colocada, à guisa de caverna. Ainda não é a solução ideal, porque ela não consegue nadar livremente, só andar embaixo d'água. Mas amanhã vou aproveitar o feriado prolongado para comprar algo melhor. Desde que não seja de vidro. Morro de medo de quebrar na hora da limpeza.
No começo achei que era um bichinho pouco interativo. E de fato assim parece. Muito envolvida em seu próprio mundo, algo assim meio autista. Mas não é nada disso. Esperta, já me reconhece quando encosto para providenciar a limpeza ou alimentá-la. Os olhos, esbugalhados, não perdem nada de vista.
A coisa mais fofa é quando alguma isca fica entalada na sua boca. Ela puxa com a patinha e é muito terno de se ver.
Dizem que mordem com força. São capazes de arrancar um dedo fora. Daí que vamos coçando a sua cabecinha para acostumá-la ao contato, mas com todo o cuidado.
Bóris e Preta ficaram loucos quando ela chegou. Era um cheira pra cá, pula pra lá que ninguém aguentava mais. Aliás, hoje de manhã, até Tobias, normalmente super reservado, entrou na história. Ele e Bóris subiram na minha cama e jogaram meus travesseiros longe e não sossegaram até que eu levantasse. Justo hoje que podia esticar o soninho, fui avisada que a nova membro da família estava com fome. Como eles sabiam? Sei lá! Talvez porque ela estivesse fora da "caverninha". Mas o fato é que a danada comeu nada menos do que seis pedacinhos de ração. Seis! Um atrás do outro, em bocadas certeiras.
Aliás, essas bocadas me preocupam. Bóris é um curiosão, enxerido e futriqueiro. Fico esperando a hora dele aparecer correndo com a tartaruga pendurada em sua língua, de tanto que ele ronda a bacia-aquário.
O nome dela? Matilda.
Todo mundo pergunta: ah, então é mulher? Não sei. Só dá para descobrir lá para os cinco anos e ela ainda é bebê. Mas se for homem, não tem problema, vira Matildo. E pronto!
quinta-feira, novembro 15, 2007
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