Hoje é (ou foi) Dia das Mães. Pra mim é sempre um dia complicado. Eu não consigo me relacionar bem com minha mãe. Ela tem o poder de bagunçar a minha vida. É verdade, acredite. Além de que eu discordo em absolutamente quase tudo no que diz respeito à forma como ela administra finaceiramente sua vida. Daí que eu fico nervosa. Incrível, mas passei uma época em que toda vez que minha mãe me ligava dizendo que vinha me visitar eu invariavelmente me acidentava. Perdi as contas de quantas vezes caí da escada. Sério. Ela me desequilibra. Muito. A razão disso? Provavelmente há mais de uma. A mais importante talvez seja um Édipo mal resolvido de minha parte. E desde que me entendo por gente ter ouvido coisas como: "você se acha boa demais!", "sua irmã vai se sentir inferior se você fizer isso ou aquilo..." Resultado? Levei anos para entender que não preciso me boicotar para que os outros cresçam e apareçam. E confesso que até hoje tenho recaídas. Claro que admiro muito minha mãe em vários aspectos. Mas decidi há alguns anos que vivo melhor afastada dela. E que não posso deixar que a moral cristã se sobreponha ao meu bem-estar (físico, químico e psíquico). Assim, como em todos os dias iguais a esse (e no aniversário dela), saí em busca de uma lembrança que ela não fosse trocar (como fez com um perfume ano passado), dar ou sei lá. Tentei ligar e ela não estava, deixei o presente na portaria. Depois ligo pra dizer: oi, como vai? E minha vida continua. Graças a Deus.
Tela de Sam Haskins - Untitled.
domingo, maio 13, 2007
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