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quarta-feira, janeiro 30, 2008

E o carnaval está chegando...

Eu adorava carnaval. No tempo em que ir atrás do trio era uma possibilidade real e a gente não tinha medo de levar facada no meio do povo. Até porque esse povo dançava e brincava feliz, sem a violência que cai sobre nós qual manto opressor. Pelo menos eu já curti muito, muito mesmo, sem precisar pagar preços extorsivos para a pseudo proteção das cordas dos blocos de trio. Lá pelos meus dezessete anos os blocos já eram um luxo, mas ninguém precisava deles para acompanhar a folia, já que a rua era de quem queria curtir o carnaval e não dos camarotes vendidos a peso de ouro como acontece hoje em dia. Paciência. Hoje não vou mais à rua no carnaval, mas posso dizer que aproveitei muito enquanto a violência ainda não acontecia tão vigorosamente. A única coisa que nunca consegui fazer foi virar a noite da terça para a quarta e acompanhar o clássico encontro de trios na Praça Castro Alves. Hoje em dia, até este não resiste mais. São dois ou três gatos pingados que tentam, sem sucesso, reproduzir os áureos tempos de Baby, Pepeu e Moraes Moreira. Grande pena. Mas reflexo dos tempos. O povão agora prefere ir atrás de Ivetona e sua Madeirada. Acabou-se a poesia na praça do poeta.

Ainda sobre carnaval, uma das notícias recentes aqui em Salvador foi a compra de 20 latões devidamente disfarçados sob a alcunha de celas modulares, ou ainda, unidades prisionais móveis, para "custodiar provisoriamente presos durante os festejos carnavalescos". Segundo a maravilhosa propaganda de tão brilhante idéia, os tais contêineres de doze metros de comprimento por 2,40 metros de largura e 2,40 metros de altura além de receberem 7 beliches, instalação hidráulica, água filtrada e até banquinhos e mesa para os "internos" possam ler e escrever, também dispõem de isolamento termoacústico para proteção dos efeitos provocados pelo sol (leia-se calor de cozinhar cérebro dentro desse latão). Eu não sei não, mas pela foto o espaço me parece bastante exíguo, e olhe que ângulo normalmente ajuda nessas horas... A sucursal baiana da OAB, até dezembro criticava duramente a proposta. Não mais que de repente, agora defende vigorosamente a implementação dos tais latões. Para mim, o que vai acontecer é bem simples. Ao invés dos 14 internos provisoriamente custodiados durante o carnaval, vão socar pelo menos uns cinquenta pobres-diabos ad infinitum nesse inovador modelo de celas permanentes provisórias. Com o perdão da expressão chula, posto que outra não encontro para expressar o meu sentimento a respeito, "tratamento humanitário, respeitoso e digno" my ass!!!

Ah, e antes que eu me esqueça... a quem pertence a empresa que prepara e comercializa as belezuras?

Quer ler mais a respeito? Aqui e aqui .

sábado, janeiro 26, 2008

Enquanto isso, na sala de justiça...

O meu mau humor começa a se dissipar. E enquanto eu brinco de tentar escrever algo, deixo com vocês um vídeo pra lá de bacana de um titereiro (aquele que mexe com fantoches) que ganhou um prêmio sei lá qual na televisão francesa. Vale super a pena.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Decifra-me ou te devoro

(Gustave Moreau: Édipo e a esfinge)

TPM histérica e um começo de rinite... Volto assim que ficar mais sociável, porque assim ninguém me compreende. E acho que nem eu quero...

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Bom fim de semana!

A semana foi corridaça e, misturada com algumas horinhas de BBB, ando morrendo de sono, confesso. Por isso Florisberto provavelmente aparecerá esse fim de semana, eu espero, quando eu posso dormir altas horas e compensar o sono no dia seguinte. É, tenho esse probleminha, só consigo escrever tarde da noite ou de manhã bem cedinho. E nenhum dos horários me tem sido possível esses dias. Vou deixar aqui o vídeo de uma canção que adoro, bem bobinha, mas deliciosa. E que descobri ontem ser de um grupo chamado Sixpence None the Richer , e não de The Cranberries, como pensava. Enjoy it!

domingo, janeiro 13, 2008

Notícias

Gente, tem post novo no Cutuque a fera. Clique aqui ou nos links aí do lado.

O segundo capítulo da saga de Florisberto continua ainda essa semana.

Blog novo

Gente,

Só para não misturar as estações, resolvi escrever em outro blog as minhas considerações bigbrodianas. Assim, Tita, não incomodo os visitantes que não gostam do programinha, que tal? :)

Ei-lo: Eu gosto de BBB, e daí? .

sexta-feira, janeiro 11, 2008

As aventuras e desventuras de Florisberto, o contínuo

Capítulo 1

Meu nome de batismo é Florisberto de Jesus dos Anjos Amoroso. De verdade. Meu santo pai, que lá de cima deve estar me olhando, achou pouco o Jesus de mainha junto com o Anjos Amoroso dele e resolveu me chamar pelo nome do meu bisavô. Dizia que era para ver se eu seguia os passos do velho, que chegou a cabo do exército e aos 102 anos ainda fazia filho. Lá na roça farda era sinal de respeito. Perdi as contas da quantidade de menino e menina que chamava o velho Florisberto de padrinho.

Não sei se posso agradecer ao pai pela boa-intenção. É só por causa delas que o ditado existe. E acho que o meu caso taí pra provar. De começo, para me diferenciarem do velho Florisberto, fui chamado de Flor. Impossível explicar o que é para um meninote em pleno sertão nordestino ter de atender pela alcunha de Flor. Era batata. Quando os meninos maiores cansavam de amarrar lata no rabo dos gatos e destripar rãs, sobrava para mim. Todo dia era uma ruma de moleques gritando meu apelido na porta de casa. Mainha sempre achou que eu era o mais popular da rua. E nunca entendeu porque ao invés de atender ao chamado eu preferia sumir pelo quintal. Só eu sabia o que aqueles gritos significavam.

Nasci sem sorte mesmo. Tenho para mim até hoje que no dia em que nasci Deus tava de folga e deixou aquele lá de baixo tomando conta. Mainha dizia que era tudo culpa de um rabo-de-saia com quem meu pai tinha andado se engraçando porque ela o injeitou durante a gravidez. Que a peste da mulher tinha rogado praga na barriga dela. Toda vez que ela começava a contar a história ele resmungava que era maluquice da cabeça dela e saía andando. Mas eu juro que o vi um par de vezes se benzendo disfarçado. Pelo sim, pelo não, essa era a única história que se conhecia sobre ele. Vai ver sabia mais do que os resmungos mostravam.

Cresci no meio das galinhas e porcos que minha mãe criava. Mainha vivia ocupada entre a criação e os afazeres da casa. Talvez por isso nunca consigo lembrar dela me fazendo carinho. Talvez por isso também eu fizesse questão de andar com os pés no chão. Vivia torcendo para pegar bicho de pé. Eram as únicas vezes em que minha mãe me sentava no colo dela, afagando minha cabeça enquanto meu pai esquentava a agulha para extrair o inconveniente. E nessas horas eu caprichava no choro, só para sentir os dedos calejados e os lábios secos acariciando a minha fronte. Mariazinha dizia que é por isso que fiquei tão grudento para o lado de mulher. Falta de amor de mãe. Quer dizer, falta de amor não, que isso eu tenho certeza ela tinha, apesar da secura da voz. Foi falta de carinho mesmo. Virei um cão sarnento, abanando o rabo para a primeira que me olhar por mais de dois segundos.

Meu pai morreu antes. Eu era menino ainda. Mainha ainda se aguentou uns anos. Mas no final a danada da terçã foi mais forte. Levou os dois. Depois disso fui criado na casa de um e outro, até ficar esperto o bastante para saber que a vida podia ser mais do que aquilo que eu vivia. Lá na roça o povo até hoje diz que foi por causa de Mariazinha e aquele filho de uma égua estrupiada que apareceu por lá e a levou numa boléia de caminhão. Eu digo que não, já andava pensando em ir embora há tempos. O anel que me custou vários dias sem almoço enterrei no pátio atrás da igreja. Ali mesmo ficou meu passado e começou meu presente. Esse, que vivo hoje.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Curiosidade matou o gato...

- E aí? Gostou?
- Amiga, tá ótimo!
- Tá mesmo?
- Aff, com certeza. Ele vai amar!
- E se...
- Não tem nem se nem quem sabe. Impossível alguém não gostar. Só sendo louco.
- É, louco ele não é. Quer dizer, talvez por mim, né? (dá uma piscadinha marota)
- Por você? Eu sei bem pelo que ele é louco. E nesse quesito, meu bem, você dá show!
- Ai, amiga, tão bom ter você por perto. Juro que eu fiquei insegura dessa vez. Bateu aquela dúvida. Será que eu fiz bem?
- Ôxi, menina! Mas é claro que fez! Já disse que tá ótimo! Aliás, tá supremo!
- Supremo? E alguém ainda fala isso? Só você mesmo...

- Meu amor, onde eu assino para recomendar? Falei e tá falado. Ficou divino o ...

Precisa dizer mais alguma coisa?

terça-feira, janeiro 08, 2008

Acredite!

Seis horas da tarde e ainda é dia em Salvador. Por acaso hoje é o solstício?

Estréia!

Pois é, gente. Finalmente estreei lá no Cutuque a fera . Passem lá para conhecer a casa. Update: Parece que o link acima tá dando erro. Tente de novo aqui . Se não der certo, procure aí do lado, em "Por onde eu ando".

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Poucas.

Salvador está quente. Muito quente. Não dá vontade de fazer nada e sonho com mar e coqueiros à toda hora. Tá certo, aqui tem mar e coqueiros. Mas acontece que eu sonho com eles e comigo, de férias e sem obrigação de acordar às seis com um solão de dez e meia.

A escola está em obras. Ou seja, sol de rachar coquinho e poeira, muita poeira.

Notícia boa? O almoço na casa materna foi um sucesso. Conversinhas à tôa, um bacalhau com nata hiper delicioso (sagrado, todo ano) e até uma partidinha de buraco rolou. Caiu o queixo? Só posso acreditar que minha irmã do meio passou a semana fazendo lavagem cerebral na mamma e na outra irmã. Se houve comentários desagradáveis devem ter deixado para depois. O que para mim é jogo. O que os olhos não vêem...

Os posts andam escassos, eu sei. Não vou abandonar o blog não, Bruninha (Aliciante, link aí do lado), pode ficar tranquila. Mas é que o sol e a poeira me tiram toda e qualquer poesia. Aliás, tiram até a minha indignação. Já viram o que o excelentíssimo @$%!&@*! aprontou? Quem foi que tinha prometido que não ia aumentar imposto desmentindo o (vou ser bem boazinha) pobrezinho do Mantega? Deixou o "minino" todo sem-graça e taí, ó. Ó mesmo. Uó!

Então tá. O Rayol (Jus Indignatus, link aí do lado) outro dia me colocou numa sinuca para revelar meu Lado B em um meme. An, e por falar em memes, visitem o Cutuque a fera (link aí do lado, tou hiperpreguiçosa hoje). Começou como uma brincadeira para tirar sarro do Rayol que simplesmente os odeia e virou uma brincadeira interessante. E se tiverem idéias para memes escabrosos, passem por lá e deixem um comentário. Vamos adorar respondê-los.

Voltando para o meme do Lado B, posso dizer que tenho vários lados, B, C, D, a gosto do freguês. Mas o que me deixa mais morta de vergonha de todos, do tipo que o povo acadêmico tira a maior onda para cima de mim e que eu não consigo abandonar de forma alguma, muito embora esse ano eu tenha prometido nem querer saber dele, que é um danado de viciante e se eu der uma colherzinha de medida de remédio para passarinho não consigo largar mais, é... bem, é.... aham... o seguinte... ai, nem vou escrever, vc fica sabendo aqui e aproveita para conhecer um blog superengraçado.